sábado, abril 28, 2007

Dia-a-dia só mico...

Não é que a história de recitar o poema deu certo. Eu até quis fazer performance, mas fiquei morrendo de vergonha, mesmo assim foi bem legal. Uma entonaçãozinha na voz e pronto, sem contar que com as atuais turbulências na minha vida emotiva, inspiração não faltou.
Mas... mudando de assunto, que saudade eu estava dessa página, o Impacto suga mesmo e eu não tenho nem do que reclamar, amo o que faço apesar dos percalços. E, como não poderia deixar de ser, já paguei milhões de micos.
Um dia desses, entregando minhas redações, não é que a minha sandália arrebentou. Sem ter como andar direito, tive de dar aula descalça e mais lá na frente, putz... tropeçei, que mico. Tive de aguentar até o final, afinal, aula é aula. Valeu a pena assim mesmo, recebi um bilhete lindo, lindo, valeu por todos os micos.
Pior nem foi isso, numa das minhas maravilhosas conversas com as alunas, uma me falou que saiu de sala porque eu dei a mesma aula sobre Barroco. Ainda estou tentando me refazer, ninguém me falou nada e eu, certa de estar bem na foto, fui até o final com as mesmas piadinhas, que horror!!! Nessas horas ninguém avisa, né? Deixa a criatura continuar o mico.
O pior de todos foi na UFPA, esse vai ficar pra história, gosto da frase e não mudo, não estou nem aí. Mas deixa eu contar. Numa das únicas aulas que realmente valem a pena, o Paulo começa a falar da esfinge e seu costume, como posso explicar, sexualmente selvagem, coisa que eu não sabia. Quando ele falou da esfinge matando seus desafiantes pelo excesso do ato sexual, não sabia onde me enterrar, pedindo pra ninguém lembrar do meu perfil. Como o esperado, todo mundo apontou a Keifer, até o Paulo. Pra não ficar por baixo - sem ambiguidades, claro - , ela fez questão de espalhar em alto e bom som o meu ingênuo uso do "Decifra-me ou te devoro" nos meus perfis. Fez-se então o riso, toda sala olhando, apontando. Ele tentou ajudar, eu tentei explicar, não adiantou, todo mundo riu, deixa pra lá, c'est la vie. Uso a frase por me achar enigmática, e devorar... dá até um charme, faz bem meu estilo coquete.
Se eu continuar a contação, vou encher a página só de micos e como esse não é o tipo de coisa que a gente sai contando pra todo mundo, deixa eu ficar quieta, até porque a lista só aumenta a cada dia. Quelle horreur! Às vezes, a gente pensa que está arrebentando e na verdade está é se arrebentando. Eu que o diga, só faire de canards.