segunda-feira, outubro 27, 2014

Hoje

O passado esporadicamente volta, por acaso. Olho pra trás, converso, vejo fotos e me vem à mente... Que merda eu tava fazendo? Não é bem o que gostaria de dizer, não é nada poético, mas é a pura verdade. Vejo quem deixei com a certeza, somente agora, devo reconhecer, de que foi a melhor coisa. Como pude estar tão cega antes. Caramba, sofri muito e agora, nada. Só a convicção de que estou melhor só. Vindo de mim, este tipo de coisa é até estranho. Estar só nunca foi, de fato, estar só. Somente não assumir nenhum tipo de compromisso e ter vários números engatilhados na agenda do celular, caso fosse necessário. 
Estranho mesmo me são os hormônios tão tranquilos há meses. E como foi difícil segurar essa no começo do ano. Não que eu esteja reclamando, longe de mim. Não dá pra pensar em trocar a tranquilidade da minha cama, do meu quarto, só meu, só pra mim... Estranhíssimo, no mais, é que nenhuma sensação me parece melhor, nenhuma companhia me faz tão bem quanto a minha própria.
Quem diria. Eu. Feliz por estar só. Nunca experimentei nada assim. Sempre foi: é melhor estar só porque não há ninguém que me agrade no momento ou porque quem eu quero não está no momento. Hoje estou só porque quero, na verdade, tô até fugindo, inventando desculpas pra homens maravilhosos, pela falta de vontade de sair da minha inércia física-emocional. Pura e simplesmente só, orgulhosamente tranquila e livre. Só. Eu.