terça-feira, dezembro 19, 2017

Egoísmo

O que fazer quando não se ama, mas também não se está disposta a abrir mão?

domingo, dezembro 17, 2017

Evanescência

Fechei os olhos. 
O pensamento estava enevoado, mas tinha dono, é ele, é ele.
Sobre aquela cama, não era o cheiro dele, da barba dele. Não era o corpo forte sobre o meu, as pernas firmes e nádegas carnudas que aperto. Não eram seus cachos entre meus dedos, sua respiração pesada em meus ouvidos, o olhar dominador sobre o meu, os toques violentos e delicados em minha pele.
Era o suor dele que eu queria beber, a fragrância própria daquele corpo másculo acariciando meu olfato; a barba macia resvalando em meu rosto, eriçando-me dos pés à cabeça; a música que só ele sabe tocar, agarrado ao meu pescoço, com os gemidos intensos que me inundam por dentro. Era ele.
Não, não era ele.
As luzes se acendem brutalmente queimando minhas córneas, esclarecendo o que eu já sabia, não era ele.
Névoa, neblina, pensamento diáfano.
Evanescência.

Não tem nada a perder. Fato. Não sou nada mesmo.

sábado, dezembro 16, 2017

Inabalável


O que fazer com o desejo de correr pra ele? Engolir junto com o orgulho? Cadê a independência? O tempo passa e continuo a mesma menina frágil em busca de um romance perfeito? O que tá acontecendo comigo? A racionalidade continua, não corro sem direção, não vou pra outros insatisfatórios braços, mas a minha companhia deveria bastar.
Depois dos 30, deveria ter aprendido algo sobre ser mulher, entretanto, a ladainha continua, os mesmo desabafos, as mesmas crises, as mesmas humilhações. A menina ressurge do recôndito isolado no qual estava aprisionada e grita como uma vítima violada, ultrajada e ansiosa por mudança, mesmo sem forças para tal. De que adianta? Tormento, angústia, tempestade. Mentalizações de uma alma doente submergindo apoiada em desespero.
Medo da solidão?
No meio do furacão, a passos de bailarina, foi assim que aprendi, a professora me ensinou: Destruída, caluniada, mas andando como uma lady. Nem suor escorre. Apenas sangue fumegante nas veias e exterior de fada. Inabalável.

Hoje eu tô sozinha

(Ana Carolina) 

Hoje eu tô sozinha
E não aceito conselho
Vou pintar minhas unhas e meu cabelo de vermelho
Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo ou se me acompanho
Mas é que se eu perder, eu perco sozinha
Mas é que se eu ganhar
Aí é só eu que ganho

Hoje eu não vou falar mal nem bem de ninguém
Hoje eu não vou falar bem nem mal de ninguém

Logo agora que eu parei
Parei de te esperar
De enfeitar nosso barraco
De pendurar meus enfeites
De fazer o café fraco
Parei de pegar o carro correndo
De ligar só pra você
De entender sua família e te compreender
Hoje eu tô sozinha e tudo parece maior
Mas é melhor ficar sozinha que é pra não ficar pior

segunda-feira, dezembro 11, 2017

segunda-feira, dezembro 04, 2017

domingo, dezembro 03, 2017