sábado, dezembro 16, 2017

Inabalável


O que fazer com o desejo de correr pra ele? Engolir junto com o orgulho? Cadê a independência? O tempo passa e continuo a mesma menina frágil em busca de um romance perfeito? O que tá acontecendo comigo? A racionalidade continua, não corro sem direção, não vou pra outros insatisfatórios braços, mas a minha companhia deveria bastar.
Depois dos 30, deveria ter aprendido algo sobre ser mulher, entretanto, a ladainha continua, os mesmo desabafos, as mesmas crises, as mesmas humilhações. A menina ressurge do recôndito isolado no qual estava aprisionada e grita como uma vítima violada, ultrajada e ansiosa por mudança, mesmo sem forças para tal. De que adianta? Tormento, angústia, tempestade. Mentalizações de uma alma doente submergindo apoiada em desespero.
Medo da solidão?
No meio do furacão, a passos de bailarina, foi assim que aprendi, a professora me ensinou: Destruída, caluniada, mas andando como uma lady. Nem suor escorre. Apenas sangue fumegante nas veias e exterior de fada. Inabalável.

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