sexta-feira, outubro 19, 2012

Seria cômico se não fosse trágico

E, no final das contas, a namorada dele foi quem conseguiu me compreender. Alguém naquela relação aparentemente tem um pouco de bom senso. rsrs
C'est la vie!

quarta-feira, outubro 17, 2012

Hoje

E mais uma amiga grávida, além de outras 2 e da minha prima. O tempo passa, todo mundo se apaixona, se amarra, se casa, engravida e eu... Só fazendo merda, como sempre. Não é que eu queira estar em um relacionamento, é bem óbvio que tô meio traumatizada e é até bom ficar reclusa por um tempo. Analisei um pouco a minha vida e percebi que parece que sempre estive dentro de algum tipo de relacionamento, eu meio que vivi a vida de cada um deles e isso até explica porque a minha vida acabou quando terminei com o ex.
Ficar só está sendo uma forma interessante de me conhecer e é a primeira vez na vida que, de fato, fico só e não sinto a menor falta de ninguém, aliás, tenho evitado pra caramba, pensar em relacionamento me lembra preocupação, aventura então, completamente fora de cogitação. Aff, mudei tanto que nem me reconheço! As coisas que mais gostava acabam sendo as que mais abomino agora. Sou puro paradoxo! Oscilo a todo tempo, uma hora quero, na outra pulo fora. Uma hora tô cansada, segundos depois, sou dominada pela insônia. Inércia é meu apelido, vivo cansada. Depressão é uma desgraça mesmo. Sei que toda doença é chata, mas depressão é uma merda, tem horas que acho que vou pirar, quero rir, quero ficar feliz e nem consigo sair da cama. 
No outro dia, acordo (depois de alguns remedinhos, claro) me perguntando, que dia é hoje? Graças à tecnologia, meu celular me localiza. Aí vem aquela coisa, peraí, eu sonhei, aconteceu mesmo, fiz, falei? Não sei. Tá tudo tão confuso. Penso, penso, penso, ah, deixa pra lá, tem coisas que nem vale a pena pensar. É melhor me preocupar em como encontrar disposição pra fazer o que tenho que fazer. Quanta preocupação! Não quero sair de casa, quanto mais escolher a roupa que tenho que vestir, me arrumar, correr pra mamãe não perceber que eu não comi nada. É, ter fome é uma regalia, mas fiz um propósito e pretendo cumpri-lo, tanto que hoje almocei comida, por mais estranho que pareça não sei quando comi pela última vez, já que, geralmente, empurro alguns pães de queijo com coca-cola pra não ficar de estômago vazio e pronto. Pode não parecer tão saudável, mas tá funcionando, engordei, então, funciona.  
Assim parece que o tempo passa mais fácil, vou matando as atividades aos poucos, com certas dificuldades,   sonhando com a minha cama, mas, no fim, não tenho muito de que reclamar. Trabalho e ganho relativamente bem para o esforço que faço, pago minhas contas, meu tratamento, vou levando. Lembro que antes tava super nervosa com medo de uma crise chata quando voltasse a trabalhar, um dos maiores medos de voltar a ter uma vida pública era essa super exposição, as pessoas são tão curiosas que chega a incomodar, mas foi bem mais tranquilo do que imaginei. 
Na verdade, até me ajudou bastante, me sinto viva em sala de aula. É incrível como dizem que estou melhor, mais bonita, mais confiante. Interessante como as pessoas se importam com as aparências e em outros momentos, eu certamente reclamaria, agora não, faz bem pro ego e eu tô precisando. A vida precisa voltar a ter sentido pra mim, pelo que eu represento pra mim mesma independente dos outros. Nada nessa vida é por acaso, nada é coincidência, até o salmista dizia que foi bom ter sido castigado, hoje sei bem porquê. A dor nos ensina, insistir no que não é pra ser, é burrice, é pedir pra sofrer mais. Dói, demora pra caramba, às vezes parece até que é impossível sobreviver a tanta dor, mas em algum momento se encontra um outro caminho.
Lembro de uma vez dizer pro meu orientador que não sabia o que fazer na minha dissertação, imagina, uma pesquisa que vinha sendo construída há anos, era impossível não ter nada pra dizer. Então, com todo aquela calma tão característica, ele me olhou e disse, podes seguir vários caminhos, te acalma e escolhe um. Nossa, como isso faz sentido pra tudo. Por que a gente tem mania de complicar tudo? Minha vida virou de cabeça pra baixo, cheguei no fundo do poço e cavei mais um pouco (isso pra ser eufêmica), mas tô viva, impressionantemente saudável, com algumas cicatrizes, óbvio, mas bem mais experiente, mais sensível, sensata. Deus sabe o que faz, ou melhor, o que Ele permite que aconteça e, como disse ao meu pastor,  pessoas como eu precisam apanhar muito pra entender coisas fundamentais e começar a ter tranquilidade, estabilidade, pra olhar com tédio e perspicácia o que não faz bem, pra aproveitar as coisas mais simples e tão essenciais. 
Infelizmente, trago marcas bem difíceis, cicatrizes muito profundas e, por vezes, extremamente visíveis, mas será que não é isso que faz de mim o que sou e não o que era? Lamentar apenas não resolve nada, olhar as marcas só traz toda a dor de volta, não é disso que preciso. Preciso focar no que é importante, no que acrescenta e faz bem. Não lamento nada do que aconteceu, não faria nada diferente porque era o que queria naquele momento, errei, me arrependi, me decepcionei, como qualquer ser humano normal, o importante é o que vou fazer disso daqui pra frente.
Não sei mais o que quero, do que gosto, nem quem sou, mas sei bem o que não quero, o que não gosto e o que fui e isso vale tudo. Isso é toda minha vida. Pra quê tentar encontrar sentido? Basta viver, o meu caminho foi traçado por Deus, não por mim, só preciso seguir em frente e entender o que Ele quer de mim. Simples assim. 
É, tô chegando aos 48kg, tô bem mais fofinha! Na verdade, não sei nem o que dizer, ou melhor, o que sentir. Será que ainda sei o que é sentir? Não senti a lâmina no meu pulso, só conseguia ver o sangue no meu lençol; da outra vez, também não senti nada, me achava bem lúcida embora na emergência tenham dito que estava à beira de uma overdose depois de 14 comprimidos de calmante.
No mais, estou bem, é o que digo pra todo mundo. Escondendo as cicatrizes, ninguém nota, nem eu. 

sexta-feira, outubro 12, 2012

Sabia que era só papo, esta história de me ver sem nenhum sentido pejorativo erótico, logo quem, isso não existe pra ele. Mas, quem sabe, o dia não acabou ainda. De qualquer forma, disse antes e repito, nem adianta tentar, se depender de mim, vai ficar na mão. rsrs 

Tolices do dia a dia

Depois de tanto tempo longe do blog, fiquei com tanta coisa pra escrever... Dentre todas, pra mim, essa não pode passar. Não é que uma dessas criaturas que fez questão de se aproximar de mim no passado (porque só pra lembrar, não vou atrás de ninguém), fez questão de dizer que não lembrava de mim? Como assim?
 Sempre soube que nos encontraríamos por aí, de alguma forma nos esbarraríamos pelas escolas (no sentido literal) da vida, enfim, coisas da profissão, mas esta era a atitude mais inesperada de todas. Ah, é que eu conheço tanta gente que eu nem me lembro de você. Que cara de pau, tava na cara que ele lembrava e tava tentando disfarçar. Mas quer saber, não importa, não sou vingativa, nem pretendo fazer nada contra ele, mas se a vida me ensinou alguma coisa foi que quem ri por último, ri melhor.
E depois de tanto tempo eu encontrei você... Como pode, depois de 10 anos, uma pessoa ser tão atraente ou até mais que antes? Mas agora que nossas posições mudaram, prefiro seguir à risca o velho ditado, onde se ganha o pão, não se come a carne. rsrs

Resposta

Que tipo de amiga eu sou? Aquela que fala a verdade, mesmo que doa em mim e no outro. Agora, se quer pousar de bom moço apaixonado, problema teu, como dizias, passado é algo que temos que carregar, seja ele bom ou ruim, carrego o meu, então, tenha coragem de carregar o teu. Machucar as pessoas, passar por cima delas pra chegar onde quer não é uma característica exclusivamente tua, pode ter certeza.
Não sou do tipo que esconde ou mente, até porque já faz tanto tempo, pra quê desenterrar? Eu só precisava desabafar, foi isso que fiz, sem mentiras, apenas com alguns eufemismos por consideração, algo que alguém ou alguéns esqueceram de ter por mim.
De qualquer forma, nada ficou resolvido, nada mesmo, mas era de se esperar. Algumas pessoas demoram um pouco mais para amadurecer.

terça-feira, outubro 09, 2012

Trabalho, trabalho, trabalho e assédio e trabalho, trabalho e mais trabalho e mais assédio... De volta à vida pública.

Mais passado... Aff!!!


      Passou rasgando pela garganta, mas passou. Tô, como sempre, tentando entender o incompreensível, grande busca vã. Acho que deveria estar cansada de tentar, então, por que continuo? Não sei. Só sei que não gosto de inimizade, de mágoa. Só quero ficar bem, quero que ele esteja bem também, já que fez mais parte da minha vida do que deveria.
A escolha foi dele, eu que lide com as consequências, foi sempre assim enquanto estivemos juntos, por que seria diferente agora? Eu deveria saber. Não importa se eu concordo ou não, não importa quem é ela ou o que fez, simplesmente era pra ser ela, questionar o quê? Nada acontece por acaso na minha vida, ele não foi acaso, todo o desastre também não foi por acaso. Deus sabe o que faz e isso está mais claro que nunca.      

Se guardo mágoas, não sei, tenho certeza das feridas que ele deixou, mas há algum tempo meu mundo deixou de girar em torno dele, pela primeira vez me senti um pouco à vontade pra conversar, pra retomar alguma coisa, qualquer que seja, desde que haja certa distancia. Era só isso, mas precisava ele me questionar, precisava questionar minha dor, claro, ele é sempre o ponto de referência mesmo.   
O que quer dizer verdadeiro ou falso? É só uma opinião partindo de um ponto de referência, que, não por acaso, é ele mesmo novamente.
Eu tenho o direito de falar o que quero pra eu quem quiser, principalmente o que me afeta, porque essa é a única forma que encontrei pra aliviar toda essa pressão que é a minha vida emocional. Há anos faço isso, por que incomoda tanto? Talvez porque a minha verdade não seja a verdade dele. Não é óbvio que quando se apanha a dor é bem pior do que a de quem bate? Já dizia meu pai: quem bate esquece, quem apanha lembra. É muito fácil dizer que está tudo bem, que é passado, quando fui eu quem teve de lidar com os destroços mesmo, remontar cada ínfimo pedacinho arrancado. 
Fui eu que sofri sozinha, fui eu quem sofreu a humilhação de ser traída e ter de ficar calada por não suportar a posição de vítima, de coitadinha diante dos outros, como ela fez, aliás. Fui eu que me afastei pra que ele pudesse ser feliz com a pessoa que escolheu, sem que visse o que me causou... e como doeu... só eu sei. Qual é a verdade? A minha é a de que foi ele quem nos expôs pra todo mundo andando com ela por aí, enquanto eu fazia vista grossa pra tudo, dizia que tava infeliz e pedia, ou melhor, implorava pra resolvermos de uma vez, mas até isso é culpa minha, ao que parece. Depois de tudo, errei mais uma vez.
É proibido dizer o que se sente? Me desculpe, me desculpe mesmo, mas eu não sabia, nem era essa a intenção. Só queria sair de cena calada, pensava que estava o ajudando. Já que ninguém podia me ajudar, pelo menos ele ficaria bem, um de nós deveria ficar, não?
Parei um pouco e foi rápido pra eu perceber que tudo não passava de um grande erro, que há muito tempo não tínhamos nada a ver. Era a vez dela, quando acaba, acaba, não há nada a se fazer, é só seguir em frente, diziam todos, o tempo ajuda (embora eu não ache que ele possa tanto), e agora, depois de um ano, tive certeza, tive de reagir pra cuidar do que sobrou.