domingo, fevereiro 21, 2010

Palavras dispersas, pensamentos distantes

As palavras somem quando preciso delas, não sei o que dizer, se é que há algo a ser dito. Gostaria de esclarecer, me esclarecer, talvez, mas não dá. É loucura, meu Deus, eu sei. A pior de todas as loucuras, talvez por ser a única que tenho cometido. Estou muito equilibrada, organizada, a maior parte do tempo, pelo menos... quando vejo, volto atrás. Larguei tudo, não olho pra trás nem sinto falta de nada, mas ainda há algo não resolvido. Porque ainda o procuro? Me sinto completa, resolvida, bem tranqüila até e num átino de segundos meus dedos já discaram, mandaram uma mensagem, deveria ter superado.
Por que eu? Não sei, não sei responder a isso, como também não sei responder a todas as outras coisas. Nunca sei o que dizer, me atrapalho toda e logo eu que falo tanto, que quase sempre tenho uma boa explicação pra tudo. Isso não se explica, é como é. Só se sente, se satisfaz e vai embora. Eis tudo. Não é suficiente? É pra mim, com o tempo se tornou. Não quero mais que isso, mas ainda tenho medo de ter menos ou nada. Tão independente e tão presa. É cômodo, não? Acho que também é pra mim, não posso criticá-lo. Meu objeto? E eu, o que sou? O que somos? Dois temporariamente loucos, lascivamente atrelados, sei lá.

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