sexta-feira, novembro 06, 2009

Até quando?

Afastei da memória tua imagem, pra não te sorver assim,
a goles, intragáveis, indeléveis,
falha tentativa.
Perdi a lucidez, dei voltas, mas resisti,
sôfrega, obriguei-me a mim.
De volta à tranquilidade da minha imagem só
advinhaste-me
e em fuga, tremi pra escapar de teu corpo
substância inócua, iníqua, forma desagregada de mim.
Pontilhada de chagas, bebi tuas palavras obtusas,
Carregadas de desejos cintilantes como eu.
Não disse não, saí pela tangente.
Se soubesses como foi difícil!
Sinto-me invadida, escapo em transes temporários,
espero resistir e tua lembrança me violenta.
Até quando?

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